As
lembranças eficazes
Ficam na
memória sem escrúpulos
Tolhendo
sentimentos míseros
Proibidos
pela insensatez do destino.
Eleva pensamentos vãos
Na esperança
do ilusório
Aliviando a
fome de uma crença
Que antes
foi uma fé.
As palavras
já são incapazes
Para
transferir o que desabafava a alma
Fica
interiorizado a mercê do tempo
Que se reza como
a régua mágica
Mágica mas
cega por natureza
Que rabisca as faustosas linhas
Escritas por aqueles afagos
Das
tentativas frustradas.
Quantas
noites perdidas na imensidão
Quantos dias
inflamados por desprezo
Que se apega
nas migalhas das distrações
Que ruge o
silencio do amanhã
Na desilusão
do que nunca isso será
Para
absorver a desprezível realidade
De o que
acaba não retornará
Assim é
viver padecendo até
Que o tempo cego venha tudo apagar.
NALDÃO . ARTES
2015