Todos sabemos que o teatro surgiu como
ritual ao deus do vinho DIONISIO. Esse ritual foi vindo de uma procissão
chamada DITIRAMBO onde nessa os gregos carregavam a comida viva,
ou seja bois e bodes iam vivo até o destino onde seriam abatido pára servir de
alimento para a multidão, era a forma mais eficiente na época.
É sabido também que nessa procissão eram
cantados os coros (músicas poéticas) e esses coros depois começaram o canto ao
bode que era chamado de trago, cujo nome era chamado de tragoedea,
o que se chama hoje de tragédia, essas músicas começaram a ganhar som e
movimentos mimético, o que eram chamados de dramas, o mesmo que ação, mas tudo
isso teria que ser visto por todos ou então não teira sentido, o que foi
planejado o the a tron que quer dizer para ser visto,
o que se chama hoje de TEATRO, mas esse para ser visto era um visto com a alma,
com o espirito num sentido de fé, então o teatro acaba sendo nesse sentido um
ritual de fé ao deus Dionísio.
O mais tocante nesse sentido é que Dioníso
alem do deus do vinho é também o deus do desprendimento, do prazer e inclusive
da liberdade de espírito. No ditirambo as pessoas bebiam vinho para se
desprender das suas máscaras obrigatórias pela sociedade, viver seu momento de
pura realidade de si mesmo, colocando a tona todas as suas vontades, desejos,
euforias, vontades e auto realizações do que socialmente é proibido.
Dionísio
aprecia muito o riso, pois este é a alma em plena alegria e euforia, nos
conectando a uma de suas faces teatrais, a comédia. Porém, obviamente, existem
as tragédias, mostrando que as vezes a alma passa por provas e testes obscuros.
Dionísio tem em sua mitologia a história em que vai ao Hades e retorna,
mostrando também que o processo de morte é inerente a todos, assim como o
processo de renascimento. [RITUAL DE EUFORIA A DIOSNÍSIO]
Os grupos
mais tradicionais de teatro tentam rebuscar esse desprendimento, com isso eles
fazem um laboratório chamado de BATIZADO TEATRAL. No batizado rebusca essa
euforia com grande poder de intervenção do vinho com a referencia ao deus.
Uma das forma de fazer esse batizado:
1º Construa
um altar com uma imagem do deus Dionísio ou as máscaras da tragédia e comédia,
(essa contém uma dentro da outra, toda comédia tem uma tragédia e toda tragédia
contém uma comédia no seu profundo) coloque uma taça com vinho em cada canto do
altar e uma no meio.
2º Comece
com uma música mais lenta, depois uma música agitada e com essa segue por pelo
menos duas horas.
3º durante a música agitada comece bebendo
o vinho. não precisa ser dos mais caros, mas precisar ser pelo menos vinho
mesmo, mesmo que seja intermediário, comece dançar, mesmo que não saiba mas
dance, nesse momento não é a dança quem importa e sim o despedimento, não terá
bonito nem feio apenas a natureza.
4º Na música agitada comece rir enquanto
dança, fale coisas que vir na cabeça se quiser, não precisa ser coisa pensada
apenas palavras mesmo sem sentido. Enquanto isso dance, ri, fale com o som
bastante agitado, grite faça o que quiser sem receio de nada, nesse momento
estará construindo uma egregora tanto na sua alma, no seu corpo como no
ambiente, essa energia será duradoura para sempre.
5º O final derrame o vinho das taças do
altar em areia, plantas ou rios oferecendo a Dionísio. Durante o ritual pode se
fazer a mesmo coisa, oferecer o vinho ao deus por gratidão ao sentimento do
momento, as máscaras podem ser colocadas como quadros referencias ou ser
mantido o altar.
Esse ritual são para grupos e atores de
teatro que tenha pelo menos 5 anos ininterruptos de teatro. Com os treinamento
do livro A PARTITURA DO ATOR pode ser até antes, devido que o livro traz os
laboratórios experimentais com intensidade com mais ou menos 2 ou 3 anos de
teatro ininterruptos.