AS RIMAS DE CATARINA. EM MORRO DO CHAPÉU

SERÁ APRESENTADO EM MORRO DO CHAPÉU NO DIA 18 DE MAIO NA MINERVA AS 16 HORAS, ENTRADA UM QUILO DE ALIMENTO NÃO PERECÍVEL.
VAMOS AO TEATRO.
A montagem retrata a vida de Catarina, uma meiga pasteleira que trabalha noite e dia fazendo doces e salgados para o seu cruel patrão Leopoldo vender no Chapadão.

O encontro de Catarina com o saltimbanco Pirulão e o seu parceiro Disposto, um boneco divertido e encrenqueiro que se recusa a trabalhar de barriga vazia, vai mudar completamente os rumos dessa história e transformar para sempre a vida da moça.

Vencedor do Prêmio Braskem 2012 de melhor espetáculo Infanto-Juvenil
O texto foi escrito por Ilma Nascimento, a partir da farsa medieval “A Torta e o Pastelão” e na montagem, os dois intérpretes, Bira Freitas e Jorge Baía, orquestrados pelo premiado diretor João Lima, dão vida a vários personagens, apoiados nas técnicas do teatro de animação, tornando a encenação um divertido jogo para plateia e elenco. A montagem conta ainda com os artistas Rino Carvalho que assina figurino e maquiagem, Fábio Pinheiro responsável pelo cenário e adereços e Rubinho de Avilla que assina a trilha sonora. 

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INSANA



Profanando a poesia!
Vai língua impura, insana, claudicante!
Vague a deblatear a cerca da ignomínia humana
Qual um delator que ao poeta profana!
Negue a ti mesmo! Cuspa na própria face. Se esmague, se enlace!
Usurpe da língua mátria os instrumentos para a própria tortura... Loucura!
Adentre em tua bolha de egoísmo e delate a podridão humana... Com tua ideia Insana!
Como se humano não fosse. Como se não nadasses no caldo da imbecilidade... Inverdade!
Embarque na epopeica egocêntrica poética de achar-se digno de concertar o mundo. De lá do fundo? Assim... imundo?
Segue-te diante de teus erros torpes, Julgue-os como mera fuga! Para evitar a ruga!
Curva-te diante da tua própria realeza irreal! Pobre animal!
Aproprie-se da tua potencia poética para sentir-se nobre... Poetinha esnobe!
Negue-te como humano! Sinta-se um horror! Negue-te como criatura fuja do Criador!
Vague errante a desferir palavras, navalha cortante! A todo instante!
Atire lanças averbadas ao coração do irmão! Desfira golpes de palavras e aprecie o sangrar da estupidez humana! Da tua estupidez humano!
Mas saibas tu que teu sangue tem a cor do sangue do irmão! É a mesma vermelhidão!
Chore em compaixão à dor alheia! Provoque a dor alheia! Fuja do ser dócil! Depois atire-se ao ócio!
Grite, proteste, fale contra os erros deste mundo imundo! E esconda os próprios erros lá no fundo!
Não trabalhe de verdade, Trabalhar arde! Não precisa batalhar, suar... Só basta falar!
Com a poesia já faz a sua parte, você nem é deste mundo... Você é de marte!
E na eterna crise da mente, que o mal e o bem sempre empate, e ao final desta infinda batalha... Se mate!
Beba, beije, goze, se drogue! A vida não é alegria? Então mergulhe na orgia! Caia na putaria, troque a noite pelo dia! Você não é imortal? Não está acima do bem e do mal?
Faça tudo o que quiser, da maneira que lhe convier, jogue fora o enfadadonho fardo, Não acredite no pecado!
Grite aos quatro ventos: Deus não existe... Talvez esta mentira venha deixa-lo menos triste!
E ao fim da epopeica vida, da enfadonha jornada poética, se delicie com um bom drinque!
Beba em suaves goles, deguste o liquido da taça, balance-a para que a podridão se misture, aprecie o aroma! Em coma!
Viaje na epopeica alquimia do imundo, a fuga dos fracos deste mundo, olhe o copo lá no fundo! Engula a doze de Fibrose, enfisema, cirrose, tuberculose e câncer. Se canse e se entregue! Bebe! Bebe! Bebe!
E após o último gole morra! Mas morra declamando uma poesia em louvor a vida! Seu suicida!
Morra com a certeza de que tu és normal! Mortal! Humano! Poetinha profano!
Igual a tantos outros Deuses literatos, que não passaram de mortais de fato delatando a podridão mundana como se não fedessem tanto!
Artur Oliveira Salvador 22/3/2013


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