AS DUAS FASES DO ATOR
PRIMEIRA FASE
A OPERATÓRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ATOR
Quando uma pessoa chega em um curso, escola ou qualquer que
seja para fazer teatro, desde o momento em que ela resolve ir ao que está lá, ela
já mudou dentro de si mesmo nesse sentido. No inicio a pessoa começa fazendo tudo
que lhe é mostrado por quem está lhe instruindo, essa é a fase operatória do
formando para ator.
Alguns professores teatrais ou diretores teatrais, da forma
sugerida por Stanislawski ou não, trabalha com o experimento com os jogos
recreativo de integração, companheirismo, destravas interiores, psicológicas,
históricos e etc. Passa um texto para que as pessoas trabalhe esse texto dentro
da sua concepção de vida e arte como ela se encontra dentro desse mundo, cada
vez mais o professor ou diretor passa algo mais complexo descobrindo o que cada
um tem de peculiar, a cada encontro da cena com sua concepção de vida a pessoa
gera um desafio interno, e, é orientado sobre a cena de como o sistema social
lhe informou sobre essa situação, ao absorver a situação e compreender a
realidade de cada coisa a pessoa começa passar pela transformação, leva mais
afinco sua fase operatória, até começar depois das suas várias experiências
encenadas em pequenos ou grandes textos
a se converter para ator ou atriz.
Nessa fase, o ator ouve tudo, faz, experimenta, sente,
descobre e se descobre em coisa que ele já mais sabia que ele mesmo é aquilo ou
capaz daquilo. Por essa mesma fase o ator começa sua experiências com os
laboratórios, exercícios, esquetes,
espetáculos, daí vem a transformação, é
quando ele chega o conflito de si mesmo com seus bloqueios psicológicos.
BLOQUEIO PSICOLÓGICOS
São travas internas geradas dos conceitos, preceitos,
preconceitos colocados dentro de cada um como controle mental, são os
paradigmas vivenciados como verdade absoluta e que você se encontra de forma confusa
entre sua formação e a cena, que representa também um lado da vida contrário ao
que você acreditava até chega até ali, por isso os bloqueios são psicológicos,
porque lhe convenceram. Nem sempre quer dizer que sejam mentira, ambos lados
podem ser verdadeiros, só são contrários, as vezes da mesma natureza e lhe
ensinaram só um dos lados como certo. Por exemplo no divino existe o lado bom e
o lado ruim, o lado do bem e o lado do mal, mas os dois são da mesma fonte, do
divino, parte da nossa natureza no equilíbrio das energias compondo a existência
de um todo. É de necessário livra-se dos bloqueios, cuja origens são diversas:
religião, costumes, políticas e tantas outras. Para se livrar de um bloqueio
não quer dizer que ele deve ser substituído no ato, se substitui simplesmente
adquire um outro bloqueio contrario, o ato deve ser mantido quando lhe convier,
ele só não pode ser sua regra. Para transforma-se em ator é de preciso passar
por essa fase para chegar ao famoso ditado que se diz no mundo da arte cênica “morrer
para nascer de novo”.
Para “morrer e nascer
de novo”, o ator precisa se transforma em outra pessoa, agora com essa qualidade
que é ser ator. Para isso, ele tem que se livrar de suas máscaras sociais, de
seus conceitos prisioneiros da sua compreensão maior, quebrar os próprios
tabus, despir-se das suas vaidades e desejos, controlar seus sentimentos em
sentido para que se livre de uma formação que criaram dentro de cada um desde
criança.
Quando nascemos nossos pais e as pessoas no geral nos querem
da forma que é o desejo deles ou delas, desde a educação até as opiniões, por isso somos
criados sob a vontade de alguém. No mundo do teatro, essas coisas devem se observar
com destaque, principalmente aqueles que ficam mais profundos, ou seja, aquelas
que sempre temos como a verdade, mas que não nos convence depois de termos
descoberto a sua verdadeira origem, a visão oposta e ou a essência. Desse
momento em diante começa a transformação para o ator, uma alegria maior lhe
lateja a cada dia, começa ver o mudo de uma forma diferente em que lhe foi a
vida toda, partindo daí começa a se-questionar e incentivar outras pessoas a
essa magnifica arte de encenar, pra que essas outras pessoas também se libertem
das rédeas da vida, desse momento em diante o ator começa expressar suas
opiniões com o maior índice de consciência, contribui para sociedade com a nova
forma de fazer o encontro de cada pessoa dentro do eu de cada um, descobrir suas
novas personalidades em cima da sua capacidade lúdica escondida dentro do seu
mundo de liberdade interior. Nessa fase começa a acabar os pecados, por que o
pecado foi uma criação para aprisionar as pessoa diante a vontade de alguém sobre
a conduta do divino.
SEGUNDA FASE
A DE AUTONOMIA
Depois de passar por
toda a 1ª fase e compreender a vida dentro da sua naturalidade profunda, buscar
sua liberdade no que religiosamente se acha heresia e profano, socialmente
rebeldia, feio, fora do padrão, das varias experiências, participar de diversos
espetáculos entre os mais distintos seja ele de rua, de caixa, bar, escola em fim, de
tudo. Nessa fase o ator depois de seu campo de experiência, começa a lhe surgir
ideias de buscar, sugerir, ajudar e a fazer, construir nos diversos campos da vida, a possibilidade
de mudar outras pessoas, se enturmar nos diversos campos da arte cênica para
aprimorar o que já tem, essa é a fase da
autonomia do ator.
Na fase de autonomia o ator é criativo, inspirado por
natureza, resolve fácil os problemas de suas
cenas, consegue partiturar seu texto com pratica e consciência. É a fase
determinante para quem faz o mundo do teatro ou da arte cênica no geral, a fase
da autonomia é fase desejada e nunca vai estar acabada, vai estar sempre em desenvolvimento.
A CRIAÇÃO
Nessa fase surge o
momentos da criação, a visão dentro dos subtextos, os diversos sentido em que
uma única frase pode se tomar, uma coloração de vida de tamanho universal dentro
de um mundo colocado pelo dramaturgo na sua inspiração divina dentro de uma célula
da vida que é o texto. Na fase autônoma, o ator não tem essa qualidade de
autonomia por escolha, ela mesma é autônoma por si só, dentro das experiências e
lutas vivida pelo seu criador, que é o próprio ator, surge ao longo do seu
tempo de praticas, treinamentos, experimentos, vivencias e até mesmo
ensinamentos.
Não tem um tempo exato para se transcender de uma fase para
outra, todos já começam na operatória de formação, mas para chegar à autônoma depende
de cada um em seu tempo e até mesmo com suas oportunidades. Quando o ator chega a segunda fase
a de autonomia, ele é notável entre as outras pessoas, pela sua luz interna, é
o que se chama popularmente a pinta do artista. A pinta do artista é notável em
quase todas as artes, o artista tem um quê que lhe destaca entre as demais
pessoas.
Essa são as duas fases do ator a Operatória de transformação
e de Autonomia, para ele chegar ao patamar por maior que seja sem perder a
consciência de si mesmo, para isso já deve estar livre de todas as suas rédeas,
ou então não funciona, ele não saiu ainda da fase, a de operação, nesse sentido
fazer para que alguém descubra é mais fácil que fazer para descobrir-se.
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