Eu sou da raça que você ignora
Eu sou do povo que você explora
Eu sou o negro dos recantos brasileiro
Sou devoto dos santos de nomes Maria
Eu sou do canto, da dança e da poesia
E sou os Zés e o Beneditos no terreiro
Eu sou a negrinha dos cabelos crespos
Que para se adequar ao seu pago um preço
Ou terei como ameaça um camburão
Eu sou as estatísticas pior do país
E escravo fui até quando você quis
Me oferta novo modelo de escravidão
Hoje grito outra alforria com a arte
Ou minha pele irmã se une ou fica a parte
Desse controle perpetuo da degeneração
Não adianta bater cabeça com os mesmos vícios
Pra que esse poema não seja mais um comício
Proponho outro, no seu modelo de educação.
Naldão . Artes
Morro do Chapéu Bahia
2 de fevereiro de 2018
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