Senhores que fazem as leis
Que seria pra fazer a justiça
Olhem para um pobre infeliz
Que nunca teve o privilegio da preguiça
Olhem o brasileiro nordestino
Cheio de marcas pelo corpo
Marcas impressa pelo destino
Das chicotadas de um fruto torto
Que passa a vida toda
Dormindo em cima duma esteira
Sem direito de reclamar da dor
Tem a condição e a moral rasteira
Não vou mais cobrar respeito
Porque esse pra o povo brasileiro
É por conveniência e não qualidade
É a honestidade na figura do dinheiro
Senhores vejam essas mãos
Rudes, grossas e calejadas.
Pelos janeiros agora sem valor
Por não poder produzir mais nada
Falo isto de coração e alma
E ofereço sem ter nada a temer
Na bandeja da ética é a minha oferta
Mas não é pra magoar vocês
Ingênuo, exforte descontente.
Gostaria então de saber
se tem efeito morrer a mingua
se quem governa consegue se comover.
NALDÃO . ARTES
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